A agilidade deixou de ser uma característica das áreas de tecnologia e passou a ser utilizada pelas empresas como um todo, impactando significativamente o modo como fazem gestão e conduzem as suas operações. Agora, a empresa inteira precisa ser capaz de inovar e se adaptar rapidamente. Abordagens ágeis permitem isso quando seus valores estão bem estabelecidos na cultura organizacional. O uso de agilidade implica em mudanças significativas no modo como as pessoas planejam, executam e realizam as suas entregas. Assim como na forma como se enxergam dentro da organização. As equipes precisam sair do modelo de gestão comando e controle, para um formato mais colaborativo. Porém, esse tipo de mudança não acontece rápida ou facilmente. É necessário que as pessoas da empresa estejam engajadas a trabalharem de forma mais autônoma, assumindo responsabilidades, inovando e se adaptando rapidamente. Neste cenário, o RH tem se mostrado uma área chave no processo da transformação ágil, que é essencial para uma transição ainda mais abrangente: a transformação digital. Graças a sua capacidade de influenciar na cultura organizacional, o RH pode ser o grande viabilizador desse processo através de três frentes de atuação muito claras: I - Desenvolvendo as novas habilidades que colaboradores necessitam para trabalharem em ambientes dinâmicos; II - Atraindo e selecionando talentos com rapidez e eficiência; III - Fomentando uma renovação da cultura organizacional. Cabe perceber que o RH precisa assumir a postura de protagonista à frente do processo de transformação da empresa, afinal essa área possui acesso a todas as outras. Porém, para cumprir esse papel é preciso entender a fundo o mindset ágil e adotar agilidade em seu dia a dia, com planejamentos e entregas frequentes e ferramentas que automatizem processos e rotinas frequentes. Pois só desta forma terá a capacidade de se adaptar rapidamente a cenários cada vez menos previsíveis. O que é necessário para uma transformação com sucesso? O processo de transformação ágil de uma área não é simples nem rápido, porque vai muito além de mudanças em processos. Uma transformação ágil envolve mudanças nos comportamentos. Se o escopo for a empresa, a complexidade se torna ainda maior. Por isso é importante perceber que alguns elementos são essenciais para essa transição. Experiência: é muito difícil conduzir uma transformação ágil sem experiência no assunto. A presença de profissionais experientes em agilidade é essencial para direcionar deste processo, pois apesar das boas práticas conhecidas pelo mercado, este não é um processo prescritivo. Cada empresa precisará encontrar a maneira que melhor combine com o seu contexto e seus objetivos. Se a sua empresa já possui pessoas com experiência em agilidade para se dedicarem e conduzirem uma transformação ágil, convide-os para traçar um plano inicial e acompanhar todo o processo, afinal ajustes serão necessários durante o percurso. Se você não possuir essa expertise "em casa", busque consultores ou empresas especializadas em agilidade para apoiar esse processo. A experiência adquirida em outras transformações certamente tornará o seu caminho mais suave. Ferramentas: com a empresa em transformação, as demandas precisarão ser atendidas em prazos cada vez menores. Para lidar com este cenário, não basta pedir para as pessoas trabalharem mais. É preciso repensar processos e automatiza-los para aumentar a qualidade e deixar os membros da equipe focados em atividades que requeiram análises mais complexas e a tomada de decisões sensíveis. A Rankdone é um ótimo exemplo de ferramenta para automatizar o processo de seleção, tornando a avaliação de competências mais assertiva e eficiente. Mindset ágil: para transformar uma empresa, é preciso transformar o modo como as pessoas se enxergam como parte dela. É fundamental que os colaboradores entendam o que é agilidade e incorporem este modo de trabalho. Quando isso acontece, as pessoas sentem-se mais comprometidas e engajadas com os resultados da empresa. É importante que o RH se capacite e viabilize que colaboradores de demais áreas também compreendam e desenvolvam suas habilidades e a sua capacidade de serem mais ágeis. Agile Coaches: com o tempo, a empresa precisará desenvolver os seus próprios especialistas em agilidade para apoiar o RH e demais áreas. Empresas realmente ágeis estão constantemente buscando por melhores formas para sua operação, este conceito se chama melhoria contínua. Os agile coaches serão os responsáveis por garantir que o mindset ágil mantenha-se vivo na empresa e que as práticas ágeis estejam em constante evolução. Para quem quer fazer um mergulho no tema agilidade, a sugestão é que participe da próxima edição do evento Agile Trends, que é o maior evento do assunto no Brasil e acontece sempre no mês de abril em São Paulo. Este evento traz centenas de cases de agilidade de diferentes setores e níveis e permite um excelente networking com especialistas e profissionais de outras empresas que também estão em fase de transformação. Post escrito por: Dairton Bassi.
Agilidade no RH: o fator chave para a transformação digital
Joyce Bambach Luiz
-
1, fev, 2019
-
4 min de leitura
-
404 Views